6.30.2004
Golo
Felizmente Portugal ganhou da Holanda. Nada pró-Felipão ou esse tipo de puxa-saquismo que, como colorado, não me apetece. É que eu tinha apostado com o HOLANDÊS da agência que pintaria meu cabelo de laranja se a Holanda fosse campeã.
Ufa.
6.29.2004
Murphy domina
E na aula de ontem a gente foi visitar a Impressul, a maior e mais completa gráfica do sul do país (tá, não ganho nada pra dizer isso, é só pra dar mais status ao meu programa da segunda à noite). Dois interessantes momentos:
- Vi a Adriane Galisteu, a Nívea Stelman, a Luíza Brunet e mais um monte de modelos não-famosas em fotos NÃO PHOTOSHOPADAS. Eles têm um birô de manipulação de imagens lá, aí o cara ficou nos mostrando o antes e depois. ESTARRECEDOR. O pé da Luiza Brunet sem Photoshop parece um maracujá velho.
- Conheci a pior profissão do mundo (depois da de limpador de banheiro de ônibus e testador de supositório, claro): pessoas que passam o dia colando materiais gráficos UM A UM COM COLA TENAZ. Na ocasião, eles colavam o Manual de Clientes da Claro. Juntavam duas páginas e faziam uma folha (sim, cuidando para que as duas colassem parelhas). Agora, cada vez que eu pegar um material gráfico e ver que foi colado dessa forma, farei uma pequena prece a essas pobres almas.
Momento blog
Uma das tarefas da aula de Produção de Áudio que tive no último sábado era gravar um texto de rádio. Como sempre, ofereci-me para o PAPELÃO. E modéstia à parte, saí-me muito bem. Treinando um pouco mais, eu acho que poderia fazer disso um bom BICO. Confesso até que por uma fração de segundo pensei em mudar de profissão. Continuaria trabalhando com propaganda, mas de um jeito bem mais leve. Mas aí me dei conta de que eu jamais conseguiria atingir o momento de realização total da carreira radiofônica - que é dizer NA RUA CALDAS JÚNIOR, VINTE GRAUS - devido ao meu registro vocal agudo demais.
Ah, sábado que vem gravaremos um jingle. Paraíba que se cuide.
6.28.2004
Leão
Veja aqui o melhor da propaganda mundial. São os premiados do último Festival de Cannes, que rolou na semana passada.
Se eu lembrar, comentarei mais a respeito na seqüência.
Nota mental
6.27.2004
xou
O De Vez Em Canto é um grupo vocal-instrumental nascido da grande vontade de cantar de algumas pessoas. Movidas por esse desejo, elas encontraram um maestro e chamaram amigos, que chamaram amigos, que chamaram amigos, etc. Foi assim que eu cheguei lá, convidado pela Laura, filha da Bela, uma das fundadoras e atual presidente do grupo.
Com as minhas aulas na ESPM, fui obrigado a parar de ensaiar. Assim me tornei o integrante ocasional (leia-se "que surge na hora do vamo vê"), fazendo apenas um ensaio antes das apresentações e indo pro palco no peito e na raça.
Felizmente, minha memória musical é muito boa. Depois que aprendo uma melodia, não esqueço mais. Assim, esses ensaios servem mais para eu pegar os arranjos, que sempre mudam no processo de evolução de uma música, e para discutir com o maestro o que ele quer da guitarra (instrumento que eu empunho com razoável habilidade no De Vez).
Na sexta, quando fizemos um último (meu único) ensaio antes da apresentação de hoje, pude constatar também o grande amadurecimento do grupo. Mais seguro, mais confiante e, por isso, errando menos.
A apresentação de hoje foi praticamente perfeita. Especialmente se considerarmos que foi a primeira microfonada, a primeira num palco realmente grande, a primeira com toda a complexidade que envolve tocar com vários outros grupos no mesmo dia (problemas de som, tocar em cubos dos outros, etc).
Aliás, o De Vez foi um corpo estranho no Auditório Dante Barone hoje. Os outros grupos eram HERDEIROS DO METAL DO SENHOR, ou então CREED-POSERS-CRISTÃOS.
Enfim, restaram-me duas constatações:
- Como é bom cantar, como me faz bem. Tanto tempo sem ensaiar e eu quase esqueci disso.
- Que vontade de ter uma banda de rock de novo.
6.24.2004
Site santo
Acontece bem seguido comigo. Tento entrar aqui no blog e vou parar AARON'S BIBLE, um site com a seguinte descrição:
A mega-site of Bible, Christian and religious information & studies; including, audio and written KJV Bible, Bible helps & tools, churches, Doctrine, links, news, prayer, prophecy, sermons, spiritual warfare, statistics, and tracts. Features the Chronological 4 Gospels, Prayer Book, Prophecy Bible, and a photo tour of Israel.
Marca
Dando início ao projeto Abuse do Cara da Web da Agência que Você Trabalha e Melhore o Template do Seu Blog, reduzimos a fonte dos textos. Aquela Verdana em tamanho GROTESCO me incomodava há muito tempo. Agora a leitura está mais fácil, e posts com dois parágrafos não parecem mais longos textos que desanimam só de olhar (momento confissão publicitária: reduzir a fonte vai aumentar o índice de leitura, uma vez que isso combate a preguiça).
Mais mudanças a caminho, aos poucos sempre, por preguiça, por calma absoluta - e para não perder a identidade de marca também.
Nós fazemos tudo para melhor atender você.
6.23.2004
Elucubrações
Minha vida teria sido mais fácil se aos 15 anos eu soubesse disso:
- Nenhuma lista de "melhores álbuns de rock" é séria se não tiver pelo menos três discos dos Beatles entre os dez (a saber: Revolver, Sgt. Peppers e Abbey Road), com algum deles ocupando o primeiro lugar;
- Nenhum filme com a palavra "mortal" no título é bom;
- Nenhum homem de bigode é confiável;
- Nenhuma banda vai salvar o rock, simplesmente porque ele não precisa ser salvo;
- A Xuxa tem pacto com o diabo;
- Se tu ficar muitos dias sem dormir, a temperatura basal do teu corpo sobe, fazendo com que ele comece a cozinhar por dentro;
- Mulheres não gostam de ouvir piadas que estabelecem relações entre seus corpos e objetos cilíndricos;
- Canetas Bic vazam se colocadas no bolso com a ponta para cima;
- Homens choram;
- A limonada demora bem mais para amargar se o limão for batido sem o miolo;
- Roseiras não possuem espinhos, e sim acúleos;
- Propaganda é a droga mais viciante que existe (embora confesse que foi a única que experimentei);
- As orelhas e o nariz nunca param de crescer;
- Olhar para os dois lados antes de atravessar a rua faz bastante sentido;
- Covinhas no rosto são bem mais apaixonantes que pernas bonitas;
- O fagote é um instrumento de sopro;
- A opinião que todos têm sobre alguém pode ser muito diferente do que aquilo que a pessoa realmente é;
- Coca-cola em garrafa de vidro é muito mais saborosa que em pet;
- É impossível dobrar um papel ao meio mais que oito vezes;
6.22.2004
Armação ilimitada
Ih, caramba. Um desfile do SPFW trouxe o BIQUINI ASA DELTA de volta. O que mais? Polainas também, é?
Daqui a pouco até o BIGODE será moda de novo, deixando de ser apenas um identificador de presbiterianos americanos.
Povo brasileiro
Uma vez vi uma palestra de um fã do Peter Drucker em que ele dizia que o Brizola era um líder sufocador. Um grande líder, exceto pelo fato de matar qualquer liderança que surgisse em volta dele. Se o PDT fosse uma banda de rock, certamente se chamaria "Brizola e Banda". "Brizola e os Incontinentes Urinários", no máximo.
Meus primos, que são (ou eram?) sobrinhos-netos dele, sempre me falaram do caudilho como sendo uma figura simpática. Enfim, como político era divertido. Aquela bandeira tremulando sempre no início dos pronunciamentos e tudo mais.
Mas meu maior medo mesmo é ver o Vieira da Cunha crescer agora.
obs: a última frase tem uma seqüência de 5 palavras que forma uma horrível aliteração.
6.21.2004
Seco suave
Isso cantado pela Dinah Washington vale umas 5 horas de felicidade.
What A Difference A Day Made
What a difference a day made, twenty four little hours
Brought the sun and the flowers where there use to be rain
My yesterday was blue dear
Today I'm a part of you dear
My lonely nights are through dear
Since you said you were mine
Oh, what a difference a day made
There's a rainbow before me
Skies above can't be stormy since that moment of bliss
That thrilling kiss
It's heaven when you find romance on your menu
What a difference a day made
And the difference is you, is you
My yesterday was blue dear
Still I'm a part of you dear
My lonely nights are through dear
Since you said you were mine
Oh, what a difference a day made
There's a rainbow before me
Skies above can't be stormy since that moment of bliss
That thrilling kiss
It's heaven when you find romance on your menu
What a difference a day made
And the difference is you, is you, is you
Pleito
Geniais mesmo são esses outdoors do Fogaça espalhados pela cidade. Como não pode veicular propaganda política ainda, ele aparece vendendo seu cd Alma Gaúcha. Aliás, depois da desilusão com o PT nacional, estou considerando seriamente votar no Fogaça. Ruim por ruim, ele pelo menos compõem belas canções. Além disso, até onde eu sei, a única contribuição musical do Raul Pont é ser tio do Gérson Pont, da Rádio Atlântida.
6.20.2004
Beira o genial esse devedê do Placebo, Soulmates Never Die - Live in Paris 2003. Iluminação impecável, banda entrosada e boa de palco e, especialmente, boas canções.
Aliás, falando nelas, preciso comentar sobre Bulletproof. Quando ouvi essa música pela promeira vez, pensei "ah, essa é pra abrir show". E é exatamente o que Brian Molko e seus amigos fazem: por trás de uma cortina por onde só se vê o vulto da banda, é com Bulletproof que a barulheira começa. E basta os primeiros acordes do riff de baixo ecoarem para a francesada explodir.
Destaque ainda para a versão em francês de Protect Me From What I Want (adendo: melhor título) e para a participação de Frank Black em Where Is My Mind?
Ainda verei muitas vezes antes de devolver.
200º
- Como assim?
- Como assim o quê?
- Como assim duzentos?
- Duzentos, ora. Serás o duzentésimo.
- Não, peraí, tu sabe com que tu tá falando? Não posso demorar tanto assim não!
- Olha, reclama lá em cima, então. Tenho muitos blogs pra controlar, muitos posts pra administrar, não posso fazer nada se não queres ser o duzentésimo.
- É claro que não! Isso demora muito! - e olhando o papel do Tráfego de Blogs que indicava a posição, blog e cérebro de onde nasceria - esse tal Mujique nem vai durar tudo isso!
- Ok, mas já disse que não é comigo. Sou apenas um estagiário aqui. Está vendo esse chapéu? Me obrigam a usar!
- Sim, convenhamos, parece os chapéus que o Bebeto Alves usa...mas enfim, não há nada que eu possa fazer?
- Podes torcer para que ao menos não sejas um post metalingüístico...
E foi assim que nasceu o duzentésimo post. Demorado e com a má vontade intrínseca a quem está acostumado à velocidade.
6.17.2004
Festa
A fim de comemorar o duzentésimo post do Mujique, não cortarei minha barba até julho.
Ah, sim: o próximo post será o 200º.
Ah, sim 2: parabéns a Bibs pelo 100º post.
6.16.2004
Confirmado
APRESENTAÇÃO DO GRUPO VOCAL DE VEZ ENCANTO
Dia: 27/06, domingo
Local: Auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa
Hora: sei que é de tarde, mas fico devendo essa
Venha rir e se divertir com o jovem descabelado empunhando sua guitarra vermelha.
Aguardo todos lá.
Ah, não é só a gente que vai se apresentar. Vai ter outros grupos de CUNHO RELIGIOSO lá.
6.15.2004
Jazz 2
Uma vez eu vi uma entrevista de um jazzista americano (não lembro o nome dele, infelizmente) no Jô Soares, na qual ele comentava o processo de academização que o jazz passou nas últimas décadas (apesar de a entrevista ser no Jô, ele conseguiu explanar bem seu ponto de vista, hehe). Segundo ele, trata-se do mesmo processo que a música erudita passou anteriormente: chegou ao meio acadêmico, e de estilo musical essencialmente popular transformou-se em objeto de estudo universitário.
Naturalmente, isso distanciou o jazz do público, das "pessoas comuns". E elitizou ao extremo um estilo que havia nascido tão popular - filho do blues e do ragtime, expressão artística dos negros americanos. Tanto que hoje os estilos precursores do jazz, como o swing, são considerados de importância menor (sendo, inclusive, considerados apenas estilos precursores do jazz, hehe).
Deve ter surgido aí a piada que o Hilton sempre conta quando o assunto é jazz: um homem assiste a um show de jazz e pergunta a si mesmo "mas afinal, do que eles riem tanto?". Importante aqui considerar outro fator fundamental nesse processo: a evolução e a necessidade de fazer o novo. O jazz precisava constantemente se renovar, afinal, é o estilo da liberdade e da inovação por excelência. Isso certamente contribuiu para que o jazz fosse ficando cada vez mais "maluco", mais incrível para quem entende de colcheias e compassos amalgamados. E mais chato para quem quer apenas ouvir uma boa música.
Como acontece a todas as coisas que ganham razão demais, o jazz ficou entediante.
Jazz 1
Acima de tudo, o que sempre me fascinou no jazz é o contato permanente que ele mantém entre o músico e sua obra. Na maior parte dos estilos musicais, esse contato se estabelece primordialmente na composição da música. É o momento em que o artista utiliza a música como canal para comunicar ao mundo o que está sentindo, pensando, etc. Terminada a composição, esse canal se fecha, e a música passa a representar apenas o que o momento da composição representou.
É claro que a interpretação em si também transmite sentimentos e sensações a quem a escuta. Mas é uma transmissão bem mais restrita, que fica apenas na sutileza da interpretação (o que, de maneira nenhuma, a torna inválida ou menor). É claro também que existem graus de interpretação. Uma orquestra pode executar fielmente uma partitura, entretanto, outros conjuntos podem ser mais flexíveis nas sua interpretações - como os solos modificados ao vivo.
Ainda assim, nada disso chega perto do que o jazz representa em termos de liberdade de expressão de sentimentos. O canal música-compositor é mantido aberto mesmo depois de terminada a composição. Mais: muitas vezes ele se amplia e distende bastante, apresentando toda uma gama de sutilezas que a composição em si não demonstrava.
Quem já ouviu o Coltrane em Stella by Starlight sabe o que estou falando.
6.14.2004
Olha eu aqui
6.12.2004
My funny valentine
Momento Dia dos Namorados. Homenagem do SOLTEIRO MOR aos casais.
Talvez
Pablo Neruda
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
6.11.2004
Teste
Drink
6.09.2004
Tino pra negócio
Tem um cara na esquina da 24 com a Olavo Vianna que vende mapas do RS e atlas do corpo humano. Ou ele é muito mestre e descobriu um nicho de mercado espetacular, ou não tem o menor tino pra negócios.
6.07.2004
Screenplay
Um mendigo vestindo um lençol como se fosse um manto de Nossa Senhora conversa com um homem de terno. Há bastante intimidade no papo, incluindo aí contato físico. O homem de terno ouve atentamente o mendigo e começa a abençoá-lo. Com dramaticidade shakesperiana, levanta a mão espalmada sobre o mendigo e, de olhos fechados, inspira e transpira intensamente. Parece mesmo um mago, um pai de santo,um pastor da Igreja Universal ou um charlatão (definição que incluiria todas as categorias anteriormente citadas).
O mendigo então afasta-se um pouco do homem de terno e tenta estabelecer diálogo com algumas pessoas que esperam o ônibus em uma parada próxima. É automaticamente seguido pelo homem de terno, que segue abençoando nosso herói enquanto ele vê frustradas suas tentativas de comunicação na dita parada.
O mendigo é ainda abençoado mais algumas vezes e, então, vai embora. O homem de terno fica, circulando ao redor da parada, como quem procura por alguém. Vai até a porta de um centro de idiomas que há ali, bem em frente a parada de ônibus. Depois afasta-se novamente.
Subitamente, uma mulher sai do centro de idiomas. O homem de terno vai em direção a ela rapidamente. Eles aproximam-se e se beijam. E de braços dados, vão embora.
Um roteiro de David Lynch? Nada, Paraíba, Hilton e eu presenciamos essa cena aí em cima, com uma riqueza de detalhes e sutilezas que, infelizmente, não consigo transmitir.
6.04.2004
No limits
Bonita camisa, Fernandinho
Projeto
A semana foi meio corrida e não deu pra postar o prometido texto sobre o sábado passado. Tentarei fazê-lo no fim de semana, prometo.
Aliás, já marquei no meu calendário que esse fim de semana será dedicado a tarefas inúteis, lúdicas, sociais e pseudocientíficas.